AULAS DA MINHA VIDA
LIÇÕES PARA A VIDA INTEIRA!
08/09/2025
02/09/2025
TURMA 113 - PORTUGUÊS - O que é polissemia?
Polissemia: o que é (com exemplos)
Polissemia é um fato linguístico em que uma palavra que pode ter vários significados. Por exemplo, a palavra mangueira significa árvore da manga e tubo de borracha que usamos para jogar água.
Quando falamos a palavra mangueira, sabemos qual o seu significado de acordo com o contexto em que ela está sendo usada.
A palavra polissemia é a junção do grego polis, que significa "muitos", e de sema, de "significado".
Exemplos de polissemia
- A letra da música do Chico Buarque é incrível. (composição musical)
- A letra daquele aluno é inteligível. (caligrafia)
- Meu nome começa com a letra D. (caractere do alfabeto)
- Isto é leve como uma pena. (revestimento das aves)
- Tenho pena dos pobres. (dó)
- Qual é a pena do reú? (punição)
- Foi todo picado logo depois de pisar num formigueiro. (toca das formigas)
- A praia parecia um formigueiro no sábado. (muitas pessoas, multidão)
- O paciente queixou-se ao médico do formigueiro nas mãos. (coceira)
- Machucou a boca no jogo. (parte do corpo)
- A boca da garrafa está com ferrugem. (abertura)
- Acenda a vela. (de cera)
- O marinheiro reparou que a vela estava rasgada. (de barco)
- Posso me sentar neste banco? (assento)
- A vizinha trabalha no banco. (instituição)
- O sargento chamou o cabo. (militar)
- O cabo está partido. (de eletricidade)
- Os fiéis diziam que o homem sabia pregar. (fazer um sermão)
- Vou pregar o quadro na sala. (fixar com prego)
- Falta só pregar os enfeites na fantasia. (costurar)
- Comi uma manga deliciosa. (fruta)
- Pediu para a costureira cortar a manga. (parte da roupa)
- A professora colocou o ponto que faltava. (sinal de pontuação)
- Vou esperar no ponto. (de ônibus)
Diferença entre polissemia e ambiguidade
A diferença entre polissemia e ambiguidade é a precisão do significado das palavras.
Quando uma palavra, apesar de vários significados, tem um significado preciso pelo seu contexto, temos POLISSEMIA, por exemplo: Joana sentou no banco para terminar de ler seu livro.
Apesar e a palavra banco significar assento ou instituição, nessa frase, temos certeza que ela significa assento.
Quando uma palavra tem vários sentidos imprecisos e não é entendida pelo contexto, temos AMBIGUIDADE, por exemplo: Ninguém conseguia se aproximar do porco do tio, tão mal ele cheirava.
Nessa frase, a palavra porco pode ter o sentido de animal (o porco que pertence ao tio) ou pode ter o sentido de pessoa suja (comparação do tio a um porco).
EXERCÍCIOS:
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14/08/2025
TURMA:313 - REDAÇÃO - 9 ARGUMENTOS DE PERSONALIDADES SOBRE O CONSUMISMO
CLIQUE SOBRE A IMAGEM ABAIXO
9 citações sobre consumismo para usar na redação como repertório sociocultural
TURMA: 213 - FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de linguagem: resumo e exemplos

Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos estilísticos usados para dar maior ênfase à comunicação e torná-la mais bonita.
Dependendo da sua função, elas são classificadas em:
- Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao significado das palavras. Exemplos: metáfora, comparação, metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase.
- Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e pensamentos. Exemplos: hipérbole, eufemismo, litote, ironia, personificação, antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.
- Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estrutura gramatical da frase. Exemplos: elipse, zeugma, hipérbato, polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora.
- Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das palavras. Exemplos: aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia.
Figuras de palavras
As figuras de palavras são usadas para tornar os textos mais bonitos ou expressivos através da utilização das palavras e dos seus significados.
Metáfora
A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo conectivo de comparação (como, tal qual) fica subentendido na frase.
Exemplos:
A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
Na tirinha acima, "uma caravana de rosas vagando num deserto inefável" é uma metáfora do amor.
Comparação
Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação (como, assim, tal qual).
Exemplos:
Seus olhos são como jabuticabas.
Na tirinha acima, o amor é comparado a uma flor e a um motor. Neste caso foi utilizado o conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o amor é como o motor do carro".
Metonímia
A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.
Exemplos:
Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)
Na tirinha acima, uma parte (cabeças de gado) tem o significado do todo (boi).
Catacrese
A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.
Exemplo:
Embarcou há pouco no avião. (Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.)
Na charge acima, ocorre a catacrese, porque foi usada a expressão "bala perdida" por não haver outra mais específica.
Sinestesia
A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.
Exemplos:
Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada. (A frieza está associada ao tato e não à visão.)
Na tirinha acima, a expressão "olhar frio" é um exemplo de sinestesia.
Perífrase
A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique.
Exemplos:
O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)
Na charge acima, foi usada a perífrase, uma vez que "Terra da Garoa" é uma forma de identificar a "cidade de São Paulo".
Figuras de pensamento
As figuras de pensamento são usadas para tornar os textos mais bonitos ou expressivos através da utilização de ideias e pensamentos.
Hipérbole
A hipérbole corresponde ao exagero de uma ideia feito de maneira intencional.
Exemplos:
Quase morri de estudar.
Na tirinha acima, a expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole.
Eufemismo
O eufemismo é utilizado para suavizar o discurso.
Exemplos:
Entregou a alma a Deus. (Nesta frase está sendo informada a morte de alguém.)
Na charge acima, "produtora de biografias orais não autorizadas" foi uma forma delicada de dizer que a mulher é, na verdade, uma fofoqueira.
Litote
O litote representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao eufemismo, bem como é a oposição da hipérbole.
Exemplos:
— Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe. (Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.)
Na tirinha acima, nota-se o uso do litote por meio da expressão "acho que você deveria aperfeiçoar essa técnica".
Ironia
A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.
Exemplos:
É tão inteligente que não acerta nada.
Nota-se o uso da ironia na charge acima. O personagem está zangado com alguém, a quem ele chama de "inteligente" de maneira irônica.
Personificação
A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a objetos ou aos seres irracionais.
Exemplos:
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
A personificação é expressa na última parte do quadrinho, onde o Zé Lelé afirma que o espelho está lhe olhando. Assim, utilizou-se uma característica dos seres vivos (olhar) em um ser inanimado (o espelho).
Antítese
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplos:
Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
Na tirinha acima, há várias antíteses, ou seja, termos que têm sentidos opostos: positivo, negativo; mal, bem; paz e guerra.
Paradoxo
O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese).
Exemplos:
Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. (Como é possível alguém estar cego e ver?)
Na tirinha acima, as ideias com sentidos opostos (certeza e relativa) é um exemplo de paradoxo.
Gradação
A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax).
Exemplos:
Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo. (Neste exemplo, acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.)
Na tirinha acima, o personagem foi explicando de forma crescente como foi trazida pela cegonha (decolou; fizemos uma escala; trocaram uma pena; finalmente ela me deixou aqui).
Apóstrofe
A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase.
Exemplos:
Ó céus, é preciso chover mais?
Na tirinha acima, notamos a ênfase no segundo quadrinho: "Ai meu Deus!!! Ele vai me matar! O que faço!? É o fim!"
Figuras de sintaxe
As figuras de sintaxe são usadas para tornar os textos mais bonitos ou expressivos através da construção gramatical das frases e orações.
Elipse
A elipse é a omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil.
Exemplos:
Tomara você me entenda. (Tomara que você me entenda.)
Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da elipse: "depois (ele começou) a comer sanduíches entre as refeições...".
Zeugma
A zeugma é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
Exemplos:
Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)
A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos quadrinhos: "(você é) um descongestionante nasal para o meu nariz"; (você é) um antiácido para meu estômago!".
Hipérbato
O hipérbato é a alteração da ordem direta da oração.
Exemplos:
São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)
A letra do Hino Nacional é um exemplo de hipérbato:
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante"
Se tivesse sido escrito na ordem direta, o nosso hino começaria assim: "As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico".
Polissíndeto
O polissíndeto é o uso repetido de conectivos (e, ou, nem).
Exemplos:
As crianças falavam e cantavam e riam felizes.
A charge acima é um exemplo de polissíndeto, porque o conectivo "se for" esta sendo repetido muitas vezes ("se for eleitor", "se for deputado", "se for assessor).
Assíndeto
O assíndeto representa a omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.
Exemplos:
Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.
Anacoluto
O anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase.
Exemplos:
Eu, parece que estou ficando zonzo. (A estrutura normal da frase é: Parece que eu estou ficando zonzo.)
Magali, comer é o que ela mais gosta de fazer. (A estrutura normal da frase é: O que a Magali mais gosta de fazer é comer.)
Pleonasmo
Pleonasmo é a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o significado.
Exemplos:
A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)
Na tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma vez que o verbo "sair" já significa "para fora".
Silepse
A silepse é a concordância com a ideia que se pretende transmitir, e não com o que está implícito. Ela é classificada em: silepse de gênero, de número e de pessoa.
Exemplos:
Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade de São Paulo.)
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioria dos clientes ficou insatisfeita com o produto.)
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de eles: Todos terminaram os exercícios.)
Na tirinha acima, há silepse de pessoa em "mais da metade da população mundial somos crianças" e "as crianças, vamos ter o mundo nas mãos".
Anáfora
A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de forma regular.
Exemplos:
Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para você.
A charge acima é um exemplo de anáfora, porque há várias repetições do termo "falta".
Figuras de som
As figuras de som são usadas para tornar os textos mais bonitos ou expressivos através da sonoridade das palavras.
Aliteração
A aliteração é a repetição de sons consonantais.
Exemplos:
"Chove chuva.
Chove sem parar". (Jorge Ben Jor)
Na tirinha acima, ocorre aliteração, porque a letra "r" é repetida muitas vezes em "O rato roeu a roupa do rei de Roma."
Paronomásia
Paronomásia é a repetição de palavras cujos sons são parecidos.
Exemplos:
O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo, cavalheiro = homem gentil)
A charge acima contém paronomásia, porque foram usados termos que possuem sons parecidos: "grama" e "grana".
Assonância
A assonância é a repetição de sons vocálicos.
Exemplos:
"O que o vago e incógnito desejo
de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)
Na tirinha acima, o uso da assonância é expresso pela repetição das vogais "a" em: "massa", "salga", "amassa".
Onomatopeia
Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que imitam sons.
Exemplos:
Não aguento o tic-tac desse relógio.
No primeiro e último quadrinho temos o uso da onomatopeia com "Bum, Bum, Bum" e "Buááá...; Buááá...". O primeiro expressa o som do tambor, e o segundo, o choro do Cebolinha.